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Qual o pai ou mãe que nunca recebeu o pedido clássico do filho para ter um animal de estimação? Muitas crianças, cedo ou tarde, despertam para esse desejo. Mas na correria do dia a dia, muitos pais não acatam o pedido, afinal de contas, um novo membro para a família requer muitas responsabilidades. Porém, antes de decidir sobre isso, que tal pensar nos inúmeros benefícios que um pet pode proporcionar ao seu filho?

Infância e animais de estimação

Você, provavelmente, teve um animal de estimação na infância, não é mesmo? Se você teve, com certeza tem inúmeras memórias afetivas que envolvem o seu pet. Essas vivências ajudaram a moldar você como o ser humano que é hoje, e desenvolveram o seu jeito de tratar os animais. 

Trazer um animal de estimação para dentro de casa pode ser tão benéfico para os seus filhos quanto foi para você! Além disso, de uns tempos para cá, os pets passaram a ser considerados verdadeiros membros da família: dormem dentro de casa, são levados ao médico veterinário com frequência e até usam roupas. Isso, é claro, além de receberem carinho e amor incondicional de seus tutores. 

Em primeiro lugar: adote 

Se a família decidir ter um animal de estimação, seja ele gato ou cachorro, é importante começar adotando e não comprando um animal. Assim, você estará ensinando ao seu filho, desde cedo, que amigos não se compram. Esse ato também pode salvar a vida do bichinho, afinal de contas, são inúmeros os animais abandonados diariamente. Você pode encontrar o melhor amigo da sua família em abrigos, em feiras de adoção na sua cidade, ou por meio das redes sociais.

Pets ajudam a prevenir ansiedade  

Pesquisa realizada pela Universidade de Oklahoma e publicada no site do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, acompanhou 643 crianças de 4 a 10 anos por 18 meses e concluiu que as crianças que convivem com cães de estimação têm menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil. “Quem tem uma tendência a desenvolver ansiedade na infância tem uma preocupação muito grande com tudo. O animal tira um pouco esse foco e ajuda a criança a aproveitar mais o momento e curtir ali com seu novo amigo, sem pensar no que vai acontecer depois, sem acelerar o fluxo”, explica a psicóloga e psicoterapeuta especializada em comportamento infantil Andreia Calçada, em entrevista à Revista Crescer. 

Não caia na falácia que pelo de animal faz mal 

Muitas pessoas acreditam que o pelo do animal faz mal à criança, o que é equivocado e já foi desmentido por estudos científicos. Crescer ao lado de um cachorro pode diminuir em 15% o risco de apresentar asma, segundo estudo que analisou os registros de mais de um milhão de crianças na Suécia.  

Os pets deixam as crianças mais ativas 

Ter um pet é ter obrigações. Uma delas é a tradicional saída para passear. Com isso, seus filhos se tornarão mais ativos, além é claro de correrem e brincarem com os bichinhos. Cientistas da Universidade St. George, em Londres, no Reino Unido, usaram monitores de atividade para monitorar o nível de movimentação de mais de 2 mil crianças de 9 e 10 anos ao longo de sete dias. As crianças com cachorros tinham, em média, 325 minutos (mais de cinco horas) de atividades físicas por dia. As crianças que não tinham animais se movimentavam, em média, 11 minutos a menos por dia.  

Mesmo com todos esses benefícios, é importante lembrar que animal de estimação não é objeto. É um ser vivo que possui necessidades e precisa de muitos cuidados. Então, antes de você adotar um animal de estimação, pense se irá conseguir arcar com todas as despesas e ter tempo para passear e dar amor ao seu novo amigo.

Além disso, nem todas as crianças são receptivas aos animais, outras os pegam de qualquer jeito e, assim, podem machucá-los. Por isso, avalie se o seu filho realmente pode cuidar e amar um pet, pois eles não são brinquedo. Também cabe lembrar que os pais são espelhos para os filhos, e o jeito das as crianças de tratar os animais foi aprendido com a família.