Como contribuir para uma infância sem racismo
Já pensou em como contribuir para uma infância sem racismo? E em como ensinar aos pequenos que apesar das diferenças somos todos iguais? Mas, além disso, você já se questionou quando é que uma pessoa se torna racista, já que as crianças não veem inocência em nada?
Recentemente o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reativou a campanha “Por uma infância sem racismo”. Primeiramente, vale lembrar que a iniciativa vem ao encontro da onda global de protestos e reflexões sobre o tema, motivadas pela morte do negro George Floyd nos Estados Unidos, por um policial branco.
Acima de tudo, é lamentável que em pleno 2020 episódios racistas ainda façam parte do nosso dia a dia. Outro caso que teve repercussão, porém aqui no Brasil, foi do baiano Adriel Oliveira, de 12 anos, um amante de livros, que criou um Instagram para compartilhar com os internautas sua paixão pela leitura. Resumindo: o menino sofreu xingamentos de baixo calão, que foram expostos por ele e também indignaram milhões de brasileiros.
Adriel foi apenas uma das crianças e adolescentes ofendidas diariamente por uma sociedade que não aceita as diferenças e é extremamente racista. Além disso, é muito importante mostrarmos às crianças negras cases de representatividade no dia a dia. Comprar uma boneca ou ler livros sobre o tema podem ser um começo, mas, acima de tudo, as suas atitudes falam mais alto. Pratique a empatia e combata o racismo todos os dias!
10 maneiras de contribuir para Uma Infância sem Racismo
Confira mais algumas dicas que separamos para ajudar nesse processo:
1 – Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias;
2 – Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Esteja alerta a esses episódios e, caso aconteça, contextualize à criança porque é errado e sensibilize-a para que evite repetir;
3 – Lembre-se que o racismo é crime e não devemos classificar as pessoas pela sua cor. O essencial são as atitudes da pessoa e não o tom da pele dela;
4 – Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente;
5 – Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência;
6 – Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar;
7 – Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial;
8 – Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda e como você também pode contribuir nesse processo;
9 – Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade;
10 – As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra, além de como enfrentar o racismo e a discriminação.
Igualdade
Voltando aos questionamentos que fizemos no início do texto, adultos podem e devem contribuir com uma infância sem racismo, ensinando aos pequenos sobre o respeito e a igualdade étnico-racial desde os primeiros anos da criança.
Além disso, já falamos por aqui sobre como as crianças se espelham nos adultos e nas atitudes que observam em seu dia a dia. Por isso, que tal ensinar a elas valores que contribuem para uma sociedade melhor, como a empatia e o amor ao próximo?
Foto: ONU