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Capacitismo: expressões para tirar do vocabulário

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Em 21 de setembro é lembrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (PcD), uma data que tem como objetivo conscientizar a população sobre os direitos das PcDs. Além disso, o dia traz à tona a importância de combater o capacitismo e o uso de expressões capacitistas no nosso dia a dia.

Capacitismo

O capacitismo pode acontecer quando locais não são acessíveis a PcDs, quando uma empresa nega trabalho a uma pessoa com deficiência, quando um ator sem deficiência é convidado para interpretar uma PcD. Os exemplos, infelizmente, são inúmeros. Resumindo, o capacitismo é tudo aquilo que promove discriminação e preconceito social contra as Pessoas com Deficiência.

Acontece que no nosso dia a dia, também acabamos sendo capacitistas muitas vezes, com expressões extremamente inadequadas. Portanto, precisamos dar mais atenção à linguagem que utilizamos para não sermos preconceituosos. Também é importante ensinarmos nossos filhos a respeitarem as PcDs desde cedo. Confira a seguir alguns exemplos de expressões capacitistas para tirar do vocabulário: 

– Se referir à pessoa com deficiência com pena

De acordo com a psicóloga e terapeuta integrativa Bianca Panvequi, em entrevista ao portal Terra, chamar uma pessoa com deficiência de coitadinho/pobrezinho é algo que ainda está bastante presente na nossa sociedade. O problema é que esse é um ato extremamente ofensivo. “A pessoa com deficiência pode, sim, executar suas tarefas diárias e realizar suas próprias vontades da maneira como conseguir e se sentir melhor. Eles precisam de incentivo, e não de quem os enxergue com dó ou pena”, frisa. 

– Chamar alguém de “retardado” 

O retardo mental, ou deficiência intelectual, é uma condição geralmente irreversível, que pode trazer como consequência dificuldades de aprendizado e de adaptação social. Por isso, usar do termo para se autodefinir quando fizer algo de “errado” é ruim. Pior ainda é chamar alguém de “retardado” para xingar ou ofender aquela pessoa. Isso só reforça o preconceito frente a quem é PCD, além da falsa ideia de superioridade. 

– Usar a expressão “fingir demência” 

Assim como o retardo mental, a demência também é um diagnóstico médico dado a pessoas que sofreram ou vêm sofrendo com o declínio geral das habilidades mentais. Esse problema afeta a memória, a linguagem e o raciocínio, por exemplo.

Portanto, o termo “fingir demência”, para falar sobre uma situação na qual você fingiu não compreender o que estava acontecendo, é mais uma forma de expressar o capacitismo. 

– Perguntar “você está cego/surdo/mudo?” 

Quando alguém não ouviu o que você disse, não pergunte se aquela pessoa “está surda”. Se alguém não conseguir ver algo que você tentou mostrar a ela, não pergunte se ela “está cega”. No momento em que alguém não responder algo que você perguntou, não diga que ela “está muda”. Essas são maneiras de mudar o pensamento de que quem tem deficiência auditiva, visual ou de fala é inferior. Todos somos iguais, portanto, ninguém deve ter sua condição apontada como algo errado. 

Não esqueça de ensinar os pequenos a respeitarem as diferenças desde cedo. É na infância que se constrói a base da vida adulta. Portanto, seja você também exemplo para o seu filho e evite as palavras ou expressões capacitistas. Sabemos que não é fácil mas, com certeza, é recompensador! 

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