Câncer na infância: tipos mais comuns como diagnosticar
O Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância é lembrado em 15 de fevereiro e alerta para o cuidado com a saúde dos pequenos. Segundo o Ministério da Saúde, todos os anos, mais de 250.000 crianças e adolescentes com menos de 20 anos são diagnosticados com câncer no mundo. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a enfermidade é a principal causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos.
Os tipos mais comuns de câncer na infância são a leucemia, que atinge os tecidos produtores de sangue; os linfomas, que afetam o sistema linfático; e os tumores no sistema nervoso.
O neuroblastoma, um tumor de células do sistema nervoso periférico geralmente localizado na região abdominal, também pode acometer crianças e adolescentes. Outros tipos comuns da doença são o tumor de Wilms, um tipo de tumor renal; o retinoblastoma, que afeta a retina, uma parte do fundo do olho; o tumor germinativo, que cresce nas células que originam os ovários e os testículos; o osteossarcoma, que é um tumor ósseo; e os chamados tumores de partes moles, ou sarcomas.
Sintomas comuns podem ser alerta do Câncer Infantil
Em entrevista à Agência Brasil, a chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do INCA Sima Ferman alertou sobre a importância de monitorar sintomas persistentes em crianças e adolescentes. Isso porque os sinais do câncer infantil, muitas vezes, são parecidos com os de doenças comuns entre crianças e adolescentes. Isso torna o diagnóstico um grande desafio, segundo a especialista. “Não significa que qualquer sinal e sintoma é câncer, mas toda criança precisa ser acompanhada pelo pediatra regularmente. Toda queixa da criança precisa ser valorizada, tanto pelos pais quanto pelos profissionais de saúde”, explicou.
Veja alguns sintomas comuns de doenças infantis que, se persistentes, pedem uma investigação mais aprofundada da saúde da criança:
– Palidez, hematomas, sangramento e dor óssea;
– Caroços ou inchaços, principalmente aqueles indolores e sem febre;
– Perda de peso inexplicada, tosse persistente, sudorese noturna e falta de ar;
– Alterações nos olhos, como estrabismo;
– Inchaço abdominal;
– Dores de cabeça persistentes ou graves, vômitos pela manhã com piora ao longo do dia;
– Dor em membros e inchaço sem traumas.
Diagnóstico precoce
Apesar de ser uma doença grave, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos pelo câncer podem ser curados, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, a maioria dos pacientes tem uma boa qualidade de vida após o tratamento.
Tudo isso depende, é claro, de um diagnóstico precoce e tratamentos adequados, preferencialmente em centros especializados nessa faixa etária. Por isso, as consultas com um pediatra devem ser regulares, de acordo com a idade da criança.
Tratamento
De acordo com o INCA, o tratamento compreende três modalidades principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Essas estratégias são aplicadas de forma racional e individualizada para cada tumor específico, e de acordo com a extensão da doença. Além disso, são analisadas também as características biológicas do tumor, o estado geral de saúde do paciente e a presença ou não de outras doenças no organismo para a definição do melhor tratamento.
A notícia de um câncer pode pegar muitas famílias de surpresa, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes. A luta é árdua e não é fácil, no entanto, nos últimos anos, o progresso no tratamento do câncer na infância foi extremamente significativo. O mais importante para evitar o desenvolvimento da doença é estar atento aos sinais e sintomas e manter o acompanhamento médico do seu filho em dia. Além disso, um estilo de vida saudável para toda a família previne não só o câncer, mas também outras doenças.