Como falar sobre racismo com as crianças
O racismo, infelizmente, continua muito presente na nossa sociedade. E os exemplos que corroboram com isso não são raros. Afinal de contas, basta ligar a televisão para, muitas vezes, assistirmos que alguma pessoa negra foi violentada ou perseguida por “ter uma atitude suspeita”. Além disso, a representatividade e as oportunidades ainda são pequenas para as pessoas negras, seja nos estudos, seja no mercado de trabalho.
Neste mês de novembro são lembradas duas datas muito importantes: o Dia Nacional de Combate ao Racismo, celebrado em 18 de novembro, e o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. As datas simbolizam a luta contra o racismo e a busca pela igualdade racial.
Mas como mudar essa situação? Você pai, mãe, responsável, sabe como falar sobre racismo com as crianças, por exemplo? Confira, a seguir, algumas dicas para tratar do tema com os seus filhos desde cedo.
Seja exemplo
Primeiramente, lembre-se que os pais são espelhos para os filhos. Então, seja modelo e combata ações e falas preconceituosas, por exemplo. Afinal de contas, ninguém nasce racista, isso depende da educação que a criança recebe, começando desde cedo e dentro de casa. Preste atenção aos comentários que você faz, observe as pessoas com quem convive e como você tem lidado com o diferente.
Atenção aos brinquedos
Quantas bonecas negras seus filhos têm em casa? De acordo com reportagem da Revista Crescer, esses objetos são fundamentais para mostrar aos pequenos que há diferentes tons de pele entre as pessoas e que isso não é motivo para existirem hierarquias raciais.
Valorize a diversidade
Busque sempre apresentar aos seus filhos as diversas culturas e pessoas de diferentes etnias. As interações positivas com outros grupos raciais e sociais logo no início da vida ajudam a diminuir o preconceito e incentivam mais amizades entre grupos. Conforme explica a psicóloga com Marleide Soares em entrevista ao portal Uol, é importante mostrar as diferenças entre pessoas de etnias distintas como algo normal. Além disso, se a sua família é branca, que tal escolher um pediatra, um advogado, um psicólogo, ou outro profissional negro?
Lembramos novamente que as crianças não nascem racistas, elas apenas reproduzem o que escutam e assistem. Por isso, é importante que a educação antirracista comece dentro de casa e o mais cedo possível. E você, como tem abordado o tema do racismo com os seus filhos?