1 em cada 3 famílias adiou vacinação dos filhos na pandemia
Quem ainda não foi imunizado contra a Covid-19 aguarda ansiosamente pela sua vez, mas essa não é a única vacina que importa no momento. Apesar disso, uma pesquisa feita recentemente mostrou que muitas famílias adiaram a vacinação das crianças devido à pandemia. Entenda mais sobre a importância de não descuidar da imunização dos pequenos nesse momento.
Importância da Vacinação
Estar com a caderneta de vacinação em dia ajuda a impedir que casos de doenças que foram erradicadas há muito tempo voltem a acontecer. É por meio da imunização que o organismo fica protegido de vírus e bactérias que causam doenças graves e podem, até, levar à morte.
O calendário de vacinação brasileiro é bastante extenso, contemplando diversas imunizações, que estão disponíveis no SUS e também em clínicas particulares. Se você tem dúvidas, clique aqui e confira aqui as principais vacinas que as crianças devem fazer, em quantas doses e com qual idade.
Campanha #MaisQueUmPalpite
Segundo uma pesquisa realizada em outubro de 2020 pelo IBOPE Inteligência, divulgada recentemente, 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos após o surgimento da pandemia – o que significa que 1 em cada 3 famílias evitou a imunização dos pequenos neste período. O estudo divulgado faz parte da campanha #MaisQueUmPalpite, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Pfizer.
Por meio de entrevistas on-line foram entrevistados mais de 1.000 pais e mães de todas as regiões do Brasil. O levantamento revelou ainda que os atrasos não são exclusivos de uma classe social, ocorrendo nos estratos A, B e C da população. Outro dado preocupante é que, desta porcentagem, 9% pretendem atualizar o calendário vacinal das crianças apenas quando o cenário se apaziguar. O adiamento da imunização tem índice maior nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde chega a 40%.
Queda atinge também as consultas de rotina
Além dos dados sobre imunização, a pesquisa traz outro viés importante, o das consultas de rotina das crianças. Entre as famílias que participaram, 44% deixaram de fazer o acompanhamento dos filhos com pediatra. Quando consideradas as crianças entre 3 e 5 anos, essa porcentagem chega a 50%.
No entanto, 15% das famílias encontraram na telemedicina uma aliada para não ficar sem o aconselhamento médico. Mas, mesmo entre os pais e mães que consultaram, 38% disseram que o médico não os orientou a respeito do calendário vacinal. O protocolo de consultas online vem sendo posto em prática até mesmo nos pronto-socorros infantis.
Fake News sobre vacinas
Mesmo antes da pandemia, a queda na imunização dos pequenos já vinha sendo observada. Em 2019, por exemplo, nenhuma das principais vacinas para crianças atingiu a cota ideal de aplicações no Brasil. A regressão foi notada também pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que apontou que Brasil, Bolívia, Haiti e Venezuela tiveram uma redução na cobertura vacinal de, pelo menos, 14 pontos percentuais desde 2010.
Uma das razões para essa queda na imunização é a disseminação de notícias falsas, também conhecidas como Fake News. São inúmeras as inverdades que circulam sobre as vacinas, como a que diz que elas podem causar autismo ou paralisia, por exemplo.
Infelizmente, a velocidade da propagação dessas notícias é maior do que a desmistificação das mesmas. E quem não tem acesso à informação, ou não procura checar os fatos, acaba replicando esse tipo de inverdade na internet. Por isso, é importante buscar as informações sobre saúde sempre com o seu médico de confiança ou em sites confiáveis.
E você, manteve a vacinação e o acompanhamento médico do seu filho em dia? Conta pra gente nos comentários como está sendo esse período!